Preciso
dizer que nunca antes na história desse país, fui tão fã de um pé na bunda!
Calma. Calma. Calma. Antes de me julgarem, venham conhecer os fatos! Ah! E
sejam bem-vindos a história de Jacqueline e Lucas, em Easy!
“Três anos se passaram
desde que eu tinha deixado de ser Jacqueline, e eu lutava diariamente para
recuperar a parte original de mim mesma que eu deixei de lado por ele. Não era
a única coisa da qual eu tinha desistido, ou a mais importante. Era apenas a
única que eu poderia recuperar.”
Jacqueline
Wallace é uma garota, digamos, “tapada”. Sim, ela é tapada na minha humilde
convicção. Inteligente, musicista, era alguém que tinha tudo para ser considerada
uma aluna brilhante em todas as melhores universidades de música. Porém, sua
inocência e seu amor de adolescente falaram mais alto e ela abriu mão de
possíveis sonhos para acompanhar seu namorado de colégio, que, novamente em
minha opinião, não valia o esforço. E é incrível quando às vezes os autores
concordam com a gente e realizam nossos desejos, só que dessa vez ao contrário:
não foi ela quem chutou o cara, ela foi chutada. Uma droga, né? Mas a vida é
assim na maioria das vezes e isso é um saco.
Do
outro lado temos Lucas – maravilhoso - Maxfield, um cara que, aparentemente,
não passa de mais um bad boy que não esta nem aí para a vida, mas que na
verdade é cercado por fantasmas e demônios em seu passado. Lucas, apesar de
todo o drama na sua história, na realidade é um homem intenso e muito doce, tão
marcado pela vida inúmeras vezes e de formas tão brutais, que não enxerga a
chance de ser feliz.
A
vida dos dois começa a se entrelaçar em uma noite que eu chamaria de no mínimo,
macabra, mas ainda muito corriqueira para as mulheres ao redor do mundo: Na
saída de uma festa no campus da universidade, nossa heroína quase foi violentada
por um amigo de seu ex-namorado. Alguém que ela conhecia e que nunca tinha dado
nenhum indício de ser um homem que não se deve confiar. Lucas a salva do
agressor e a partir dali é notória a ligação que ambos criam de carinho,
proteção e respeito. O que não se esperava no começo é que outros sentimentos
viriam à tona...
O
que eu amo na escrita da Tammara Webber é que ela expôs sem reservas um
problema com a dureza que ele de fato merece. E o que eu amei mais ainda foi a
forma que a autora demonstrou não apenas os medos e fraquezas da personagem,
mas nos levou através das páginas a acompanhar todas as maneiras que Jacqueline
utilizou para tentar superar, ou melhor, de tentar seguir em frente e de se
proteger. É um livro no qual encontramos personagens femininas que se apoiam e
acreditam na sororidade, independente do que os outros digam a respeito das
vítimas. Esse é um poderoso recado para um mundo que incentiva a competição, a
descrença e não a amizade e o companheirismo entre mulheres.
Outro
ponto que não posso deixar de comentar é o fato de que os personagens secundários
de Easy são incríveis. Como, por
exemplo, a exuberante Erin, colega de quarto de Jacqueline. Sério, todo mundo
deveria ter uma melhor amiga como ela, alguém que não só é amiga, mas é irmã
também e que está sempre ao seu lado. Um amor!
Eu
indico Easy para todos! Ele é um
livro que não é só um romance universitário. É uma obra que te mostra que nem
sempre seus demônios tem que vencer e que as vezes existe luz no fim do túnel e,
principalmente, sempre vale o risco para se buscar a felicidade.
AAAAH
e antes que eu esqueça: EASY É O
PRIMEIRO DE UMA SÉRIE, PRODUÇÃO!!! ME ESPEREM !!
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