Para iniciar as resenhas de nossa
amada Jane Austen, eu escolhi Razão e
Sensibilidade, pois foi o primeiro livro que li da autora e por
coincidência também foi seu primeiro livro publicado. Ao longo dos anos tivemos
diversas edições dessa obra fascinante com capas maravilhosas, mas tenho que
dizer... a que mora em meu coração é a capa da primeira leitura no ensino médio
(e sim Débora, foi a que furtei da sua prateleira hahaha), uma edição de capa
dura em vinho nobre com um desenho simples em dourado <3. Mas vamos à
história porque é o motivo que vocês entraram aqui!
A história se inicia com o
falecimento do Sr. Dashwood
e como era costume na época, a propriedade e bens foram para John, o filho mais
velho do primeiro casamento. Porém antes de sua morte ele fez seu filho
prometer ajudar sua madrasta e suas três meias-irmãs, para que não ficassem
desamparadas. Incialmente ele até
ajudaria suas irmãs, mas graças a sua adorada esposa (que não é nada
manipuladora) ele reduz significativamente a quantia para as meninas e elas acabam
tendo que se mudar para o interior, devido à nova condição que se encontram.
Agora a Sra. Dashwood e as três meninas Elinor, Marianne e Margareth partem numa longa
viagem para conhecerem seu novo lar em Devonshire. O foco será principalmente
em tratar dos opostos das duas irmãs mais velhas, Elinor e Marianne, enquanto a primeira tem controle sob seus
sentimentos e atitudes, e a segunda é intensa em tudo – de onde vem o nome do
livro Razão e Sensibilidade.
“Às vezes somos guiados pelo que dizemos de nós mesmos e com muita
frequência pelo que outras pessoas dizem de nós, sem que paremos para refletir
e julgar.”
Em Devonshire ambas irão conhecer e se
aprofundar no amor e nas surpresas e amarguras que ele trará, e através dos
olhos delas teremos a percepção de como cada uma analisa a situação e reage.
Embora muitos acreditem naquele final clássico, Austen irá nos mostrar o que realmente
é uma história daquela época com todas as reviravoltas que podemos enfrentar.
“Não é o tempo nem a oportunidade que determinam a
intimidade, é só a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas
pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficientes para outras.”
Jane irá tratar do cotidiano da sociedade na qual ela viveu, com todas
as criticas e ironias nas entrelinhas, iremos mergulhar no século XIX e ver os
diferentes tipos de personalidades que cada mulher retratada no livro apresenta
ao longo da narrativa, na construção e amadurecimento das irmãs onde vemos que
às vezes não adianta ser um extremo, precisamos ceder um pouco à sensibilidade e saber a hora de dar à voz a razão.
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