“Querido
mundo,
Não
sou uma pessoa quieta porque tenho vergonha. Sou uma pessoa quieta porque
milhares de pensamentos ficam girando na minha cabeça o tempo todo. E estou
sempre examinando cada um deles, lembrando dos bons e lutando contra os ruins.
Penso demais. Sou assim. Por favor, tenha paciência comigo. Juro que quero
falar com você. Só preciso de um tempinho para colocar meus pensamentos em
ordem.
Com
amor,
Eu”
Vocês já escreveram uma
carta para alguém? Uma daquelas em que a gente conta nossos segredos e
sentimentos mais profundos, escrita com o coração. Emily Trunko tinha uma
coleção de cartas como essas, nunca enviadas, guardadas em cadernos e também em
pastas em seu computador, até que achou que seria uma boa ideia dividir isso
com outras pessoas no Dear my Blank, seu blog.
Em pouco tempo, o que era
apenas uma forma de expor suas cartas e se expressar nesse mundo, se
transformou em uma grande rede de ajuda onde as pessoas também começaram a
enviar suas próprias cartas para serem postadas e quem sabe, enviadas pelo
destino.
E foram essas cartas que
deram origem ao “Cartas secretas jamais enviadas”.
O livro é nada menos que uma
coletânea de cartas que a Emily selecionou das que já foram enviadas pra ela
nesse tempo de blog, e é cada coisa que a gente lê! É como reunir sentimentos
em uma caixinha e deixar guardado ali pra que as pessoas possam olhar, sentir e
se identificar. Saberem que não estão sozinhas no mundo.
Por falar em sentimento,
nunca li nada na vida que me fizesse sentir tantas coisas. Desde boas até
algumas ruins e desesperadoras. A cada capitulo – porque o livro é todo
dividido em temas – eu poderia estar rindo ou chorando com a mesma carta,
apenas por algumas palavras de distância e ler ele em público foi, no mínimo,
desafiador. E juro, não aconselho que façam isso, haha!
Tudo, absolutamente TUDO
nesse livro é lindo. Desde as cartas em si até as gravuras e cores que foram
usadas em cada folha, a capa, as fontes dos textos, é uma bagunça harmoniosa
incrivelmente brilhante, de encher os olhos e acender o coração. No fim, ainda
deixaram umas paginas para que nós pudéssemos escrever as nossas próprias
cartas, e eu com certeza vou escrever as minhas!
Ah, e sem esquecer que esse
livro e o blog Dear my Blank não são apenas lugares bonitinhos com textos
bonitinhos, eles são nas palavras da própria Emily “uma comunidade de apoio”
para todas as pessoas que precisarem.
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