“Eu
não quero ter nada até saber que encontrei um lugar onde eu e as coisas nos
completamos. Ainda não sei muito bem quando é que isso será. Mas sei como vai
ser. - Sorriu, e deixou o gato ir para o chão. - Como o Tiffany's.”
O
clássico de hoje é mais um daqueles que nós conhecemos através do cinema, nos
apaixonamos, e por uma reviravolta do destino descobrimos que vieram da
literatura. Curiosos? Bom, quem de vocês conhece a diva Audrey Hepburn? E Holly
Golightly? Provavelmente todo mundo já deve saber qual o livro de hoje, não é
mesmo?
“Bonequinha
de Luxo” é um daqueles fenômenos do cinema da década de 1960 que é amado até
hoje – e pra sempre – porém acredito que como eu, muitos não sabiam que antes
de ser um filme de sucesso, ele é uma novela escrita por Truman Capote e publicado
em 1958.
O
livro conta a história de Holly, uma moça do sul dos EUA que está morando em
Nova Iorque, e não tem a menor noção de onde é o seu lugar no mundo. Na
verdade, o que ela tem em mente é conquistar o sucesso e a fama, – e costuma sonhar
com isso enquanto toma café em frente a vitrine da Tiffany & Co. durante as
manhãs. Ela tem sua história contada por um vizinho escritor que mora alguns
apartamentos acima do dela, ele – o narrador – não diz o próprio nome, porém
nós o conhecemos como “Fred”, que é como Holly o chama já que ele a faz lembrar
do irmão que ela não vê a muito tempo.
A
moça divertida, solta, e certamente ambiciosa, vive em meio a grandes festas,
sempre celebrando e isso é o que a faz estar sempre rodeada por homens influentes
e poderosos e apaixonados por ela, e no fim são eles que pagam as contas da
moça.
Apesar
de ter sido escrito no fim de 1950, a história narrada acontece realmente em
1943, o narrador conta o que aconteceu em um ano enquanto conviveu com Holly,
porém o livro tem seu início anos depois desse convívio entre eles e segue até
que os dois realmente se conheçam, trazendo então o passado para o presente da
história.
Holly
é o ponto central de cada minuto da leitura, e claramente também o amor
platônico do narrador, mesmo que em nenhum momento ele deixe claro muitos
traços de sua personalidade, acabamos nos encantando pela virtuosa, porém um
tanto cruel, Holly Golightly do livro.
A edição
brasileira vem acompanhada de mais três contos do autor: “Uma Casa de Flores”,
“Um Violão de Diamantes” e “Memória de Natal” escritos em 1950, 1951 e 1956
respectivamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário