"Tinha todos os climas,todos os
frutos,todos os minerais e animais úteis, as melhores terras de cultura, a
gente mais valente, mais hospitaleira,mais inteligente e mais doce do
mundo."
Nesse
período, onde temos duas ideologias buscando seu lugar na liderança política,
lembrei me de Policarpo Quaresma e sua história. Lima barreto escreveu a obra
logo no início da república no Brasil, e traz como personagem principal um
homem apelidado como "Major" mesmo não tendo o título.
Policarpo
causa estranheza em toda vizinhança por nunca ter tido uma formação, porém tem
inúmeros livros e se dedica a eles diariamente. Inclusive, quando através
deles, aprende a falar a língua dos Tupis acreditando ele ser nossa verdadeira
língua e escrevendo para o ministro mostrando seu pensamento sobre o assunto.
Depois de ser considerado louco por conta se seu pensamento, Policarpo é
internado em um hospital psiquiátrico, onde recebe a visita apenas de sua
afilhada Olga, seu compadre e Ricardo Coração dos Outros. Nessa primeira parte,
nosso personagem busca também aprender com Ricardo, que é professor de música, a
tocar violão para que através disso resgate nossa cultura musical.
Na segunda
parte da história, após sair do hospital, ele se muda para o sítio, conhecido como Sítio
do Sossego, para aproveitar a terra fértil brasileira e se manter, pois ele acredita
que essa terra é boa e dá de tudo. Mas é ai que ele conhece algumas pessoas e
acaba se envolvendo com a política local e durante a Revolta da Armada, ele volta
ao Rio de Janeiro.
Já na terceira
e última parte, o Major tem seu triste fim, ele tenta através da revolução
transformar o seu país, porém recebendo acusação de traidor da revolução, morre
na prisão decepcionado ao ver que sua nação não é o que ele pensava.
Toda obra
é escrita na terceira pessoa e seu narrador nos proporciona a oportunidade de
pensarmos bastante conforme a história vai se desenvolvendo sobre questões que nos
acompanham desde o início da república. Policarpo é um personagem de certa forma
ingênuo em sua visão de patriotismo idealista, mas com ele podemos enxergar
todas essas questões, e acredito também que independente de qualquer opinião, e
assim como o protagonista, o que queremos é sempre o melhor para a nação.
Fica a
dica e boa leitura!
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