"Dói sair do conto de fadas, de um mundo de ilusão,
mas não há nada mais libertador que pensar por si mesmo."
Chegamos em dezembro,
estamos quase no natal e o que os viciados em leitura poderiam pedir de melhor do
que bons livros pra encerrar o ano? Sobre isso eu não posso reclamar e hoje
trouxe a resenha de “A Missão” de Stefanie P. Paludo.
Quando a Stefani me mandou o
e-book, eu tinha acabado de largar um livro que tinha pego pra ler em um
péssimo momento. Na mesma hora comecei a ler, por se tratar de um tipo de livro
que eu raramente leio, e logo de cara ter me encantado com a apresentação da
autora.
“A Missão” se trata de um
livro com todos os ingredientes de distopias como “Jogos Vorazes” e ainda assim
tem aquele gostinho de coisa nova que enche os olhos.
Logo no início, somos
apresentados as causas de toda a destruição a qual o planeta é exposto, um doença
que é transmitida de forma misteriosa, e em questão de meses devastou toda a
vida na Terra. Mariana foi a única que, mesmo tendo entrado em contato com o
vírus de todas as maneiras possíveis, continuou viva, o que transformou ela na
provável salvação de todos. Mas o tempo era curto e com isso os governantes se
juntaram para criar um lugar onde os sobreviventes pudessem viver tranquilamente.
Tazur é um país localizado
no meio da Floresta Amazônica e foi criado com o intuito de abrigar as
“melhores pessoas” que sobraram no mundo. Cada país poderia mandar uma
quantidade de pessoas, animais e informação cultural para que a diversidade do
mundo fosse garantida e, assim, perdêssemos o mínimo de informação para as gerações futuras. A ideia
era boa: Salvar as pessoas e criar um mundo melhor e sem os problemas já
existentes como desigualdade social, por exemplo.
O problema é que de boas intenções
o inferno está cheio.
Tazur se tornou com o passar
dos anos algo muito diferente do que foi imaginado pra ser, onde os governantes
mandavam e desmandavam da forma que mais beneficiariam a si mesmos. Assim, as
pessoas começaram a sofrer e a morrer de fome, ou pelas mãos dos soldados do
governo.
É quando um grupo cansado de
tudo aquilo, resolve usar suas posições estratégicas no atual governo pra
começar uma revolução.
"Os tempos mudam. E tempos desesperados exigem
medidas desesperadas."
A Stefani criou uma história maravilhosa, cheia de ação e
reviravoltas que mantém a gente curioso o tempo inteiro. O mundo criado por ela
era tão cheio de detalhes e informação, que facilmente faz o leitor se imaginar
no meio de tudo aquilo. A escrita da autora é minuciosa, o que sempre me
incomoda em um primeiro momento, por estar acostumada a leituras mais rápidas,
mas a clareza com a qual ela leva as situações faz com que seja muito mais
tranquilo absorver tudo o que ela propõe.
O livro é um combo de inspiração e ação, que eu preciso
indicar pra todo mundo, tanto por ser um ótimo livro quanto pelo orgulho de ter
sido escrito por uma brasileira tão talentosa.
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